Embracing Others in the Journey
Do nothing from selfish ambition or conceit, but in humility count others more significant than yourselves. Let each of you look not only to his own interests, but also to the interests of others. Phil 2:3,4 ESV
EN/PT
I went cycling with a group of people from church last week and before I tell you more, I need to add crucial details:
- I didn't know most of them yet.
- I am just not the kind of company anyone wants to have in a bike trail! I still fall from the bike, I can't quite go up the hill yet, I talk a lot and I get tired easily. I know what you're thinking: Who invited that girl? But don't give up on me yet, there's more…
In the very beginning of the journey I built confidence as I noticed I could do that without struggling, afterall I have been training on the road and (bless that smooth pavement!) I felt strong about what we were about to do. We finally got to the trail and after a few kilometers into it we hit a long dirt road, filled with rocks. That's where I first I wondered if I could make it. So I jumped towards the rocks and kept cycling full speed because we were going down the hill (thank goodness) and I could keep up with that.
Something wasn't right though, and I had to make a stop because my bike stopped changing gears. I noticed the chains were loose and I watched the group disappear down the hill. My husband stopped beside me, fixed my bike, looked me in the eye and said "Even if we have to be our own group, don't worry. We will make it there and back in one piece." — we were used to being our own group in life, we would be fine.
As we hopped on the bike again, and I was already feeling all sorts of shame at that point, we cycled another meters to find out that others were waiting for us right ahead. Different people in the group began to take turns to cycled beside me, sharing their own experiences when they first started and couldn't handle the whole thing. We all kept cycling for another 5km until we finally made it there.
On the way back, up the hill, I had another two episodes where I both fell from the bike and couldn't find the strength in my legs to keep moving. This time some people moved forward and a few others stayed back to help. They gave me tips on gears and pace, they laughed and made silly jokes, and I was able to move forward until we finally made it back.
I need to make a parallel here with my share of sad experiences in the past when others around me couldn't care to noticed me or even someone else in the group that couldn't keep up with their rhythm, and countless times I participated in groups that were so much alike, that they couldn't handle a different personality among them. In this cycling metaphor, I can see how none of what I experienced in the past actually reflected that body of Christ. In fact there is a chance those people never experienced that.
When I fell off my bike that day and all those strangers sat and waited until I was ready, I learned that the church is far more than a blend of personalities fitting in together. I finally saw, right before my eyes, something I had been talking about for years: the church should not be narrowed to our social life of choice when it was actually supposed to be the place to practice a living sacrifice for one another.
That day, I finally saw a clear picture of the church as an embrace, one that is available to everyone who approaches it. An embrace that is constantly moving towards others too. An embrace I want to belong to.
I am learning that Christ wishes very badly that we allow ourselves to belong to one another, waiting for others as they ride through the stones, cheering for them on the way up the hill, giving them tips and make them laugh with silly jokes. He longs to see us loving one another, and ready to give ourselves away. And for the first time in my church experience, I have lived that with complete strangers, and I celebrate Christ today for their life, and their ability to love.
Maybe you should embrace others on the journey too, because nobody should have to cycle through the rocks in the bike trail of life alone :)
…
Abraçando Outros na Jornada
Não faça nada por ambição egoísta ou vaidade, mas com humildade considere os outros mais importantes do que você mesmo. Que cada um de vocês olhe não apenas para seus próprios interesses, mas também para os interesses dos outros. Fil 2: 3,4 NAA
Fui andar de bicicleta com um grupo de pessoas da igreja na semana passada e antes de te contar mais, preciso adicionar detalhes cruciais:
- Eu não conhecia a maioria deles ainda.
- Simplesmente não sou o tipo de companhia que os outros gostariam de ter em uma trilha de bicicleta! Ainda caio no chão, não consigo subir a ladeira muito bem, falo muito e me canso facilmente. Eu até já sei o que você está pensando: quem te convidou? Mas não desiste de mim ainda, tem mais…
Logo no início da jornada ganhei confiança ao perceber que conseguia acompanhar o grupo sem me esforçar muito, afinal tenho treinado na rua e (bendito seja o asfalto!) me senti forte pra cumprir o que eu estava prestes a fazer. Finalmente chegamos à trilha e depois de alguns quilômetros adentramos uma longa estrada de terra, cheia de pedras. Foi aí que me perguntei pela primeira vez se eu realmente conseguiria. Fui com tudo na direção das pedras e continuei pedalando a toda velocidade porque estávamos descendo (graças a Deus) e eu conseguia acompanhar.
Logo tive que parar porque minha bike parou de mudar de marcha. Percebi que as correntes estavam soltas e observei o grupo desaparecer morro abaixo enquanto tentava entender o que fazer. Meu marido parou ao meu lado, consertou minha bicicleta, me olhou nos olhos e disse — Nem que a gente tenha que ser nosso próprio grupo, não se preocupe. Vamos chegar lá e voltar inteiros. — já estávamos acostumados a ser nosso próprio grupo na vida, ia dar tudo certo.
Subimos na bike novamente, e eu já estava sentindo uma baita vergonha, mas continuamos e pedalamos mais alguns metros antes de descobrir que os outros estavam esperando logo à nossa frente. O pessoal no grupo começou a revezar a pedalada ao meu lado, compartilhando suas próprias experiências quando começaram a pedalar e não conseguiam lidar com tudo ainda. Todos nós continuamos pedalando por mais uns 5km até que finalmente chegamos lá.
No caminho de volta, subindo a ladeira, tive mais dois episódios em que caí da bicicleta e não consegui encontrar forças nas pernas para continuar andando. Desta vez, algumas pessoas avançaram e outras ficaram para ajudar. Os que ficaram me deram dicas sobre marcha, contaram piadas pra descontrair e me ajudaram até que eu conseguisse seguir em frente.
Preciso fazer um paralelo aqui com minha cota de experiências passadas e tristes, quando assisti outras pessoas ao meu redor não se importarem em notar que alguém no grupo não conseguia acompanhar seu ritmo, e inúmeras vezes eu participei de grupos que eram tão homogêneos, que não sabiam lidar com uma personalidade diferente entre eles. Nesta metáfora do ciclismo, pude ver como aquelas experiências do passado realmente não refletiam o corpo de Cristo. Na verdade, há uma chance de que aquelas pessoas nunca tenham experimentado isso.
Quando caí da bicicleta naquele dia e todos aqueles estranhos me esperaram, aprendi que a igreja é muito mais do que uma mistura de personalidades que se encaixam bem. E estava ali, bem diante dos meus olhos, algo que gritava em meu coração há anos: a igreja não deveria se restringir à nossa escolha de vida social, quando na verdade foi feita para ser o lugar onde se pratica o sacrifício vivo de amor ao próximo.
Naquele dia, finalmente vi uma imagem clara da igreja: um grande abraço que está disponível para todos que se aproximam. Um abraço que se move constantemente também na direção de outros. Um abraço ao qual quero pertencer.
Estou aprendendo que Cristo deseja que pertençamos uns aos outros, esperando os outros enquanto passam pelas pedras, torcendo por eles na subida do morro, e dando dicas ou os fazendo rir para descontrair quando a vida for pesada. Ele deseja nos ver amando uns aos outros e prontos para nos entregarmos uns pelos outros. E pela primeira vez em minha experiência de igreja, vivi isso com estranhos. Celebro Cristo hoje pela vida deles e pela capacidade de amar que Jesus derramou sobre cada um.
Talvez você devesse abraçar outras pessoas na jornada também, porque ninguém deveria ter que pedalar pelas pedras da tilha da vida sozinho :)